“Mário, acredita-me, o Universo é fantásticamente subtil, cheio de magia aos nossos simplórios olhos. Olha, estou a lembrar-me de uma coisa bem interessante...”
“ Ai sim?! Então conta.”
“ A lei mais básica necessária à descrição do Universo está à vista de toda a gente há milénios, pois está implícita no Teorema de Pitágoras, mas ainda ninguém teve a subtileza de a ver.”
“ Essa agora! “, espanta-se o Mário , “o teorema de Pitágoras?! Não me digas que foste descobrir algo de novo no teorema de Pitágoras!”
“Naturalmente!”
“Essa é o máximo!”, explodiu Mário, “Jorge, tu sabes que há centenas de demonstrações do teorema de Pitágoras? Por todo o mundo, desde há milénios, que o Teorema de Pitágoras vem sendo descoberto e redescoberto e tu achas que é possível alguém descobrir algo de novo nele???”
“Como é que disse o Galileu? Que é preciso entender a linguagem em que o Universo está escrito?”
“ Disse que o Universo está escrito em símbolos matemáticos e que é preciso entender a matemática para o poder descrever”, respondeu prontamente a Luísa, satisfeita por esta oportunidade de entrar na conversa entre os dois.
“ Hããã... quase... mas não exactamente, Luísa. Galileu disse que o Universo está escrito em figuras geométricas e é preciso conhecer essa geometria para entender o Universo. A lei oculta no Teorema de Pitágoras é a lei fundamental da geometria do Universo ! Quem não sabe essa lei, não sabe a linguagem em que o Universo está escrito, não pode ler correctamente o Universo.”
“Estás então a dizer”, interveio Luísa, cautelosa, a sua mão sobre a minha, “que os cientistas têm estado a traduzir o Universo usando o dicionário errado?”
“Bem, é uma boa imagem. Ou melhor, podemos dizer que a chave que tem sido usada para descodificar o Universo está incompleta”. A mão escaldava-me no contacto com a mão da Luísa, retirei-a suavemente.
“Isto está avassalador”, Mário riu-se, de forma algo trocista, “cheira-me quase a bruxaria ...”
“Magia Branca, meu caro Mário, Magia Branca, eu avisei-te!”. Sorri, tentando desanuviar a perturbação do Mário e disfarçar a minha, produzida por razões bem diferentes. “O Universo é um lugar mágico! E é tão mágico como isto: eu estou a afirmar que a chave fundamental para a descodificação do Universo está implicita no Teorema de Pitágoras. Quem souber ler, entende. Mas tu não conseguirás ler. Sabes porquê?” Fiz uma pequena pausa e continuei:
“Porque o que lá está é contrário à ideia que tens do universo! E só somos capazes de ver o que está de acordo com o que já acreditamos. Está lá, não consegues ver e, no entanto, não está escondido. Como disse Einstein, Deus é subtil mas não é malicioso.”
“Ena, isto já parece uma história do Dan Brown!”, Luísa riu-se, atirando a cabeça para trás com o fulgor que lhe era próprio, “Mário, tens aí uma oportunidade de fazeres o papel do herói: uma mensagem secreta está codificada no Teorema de Pitágoras”. Luísa assumia a pantomina, para isso tinha muito jeito, a sua voz era agora grave, a expressão séria “E essa mensagem é, nem mais nem menos, do que a chave para ler o Universo! Ao trabalho Mário!”
Mário puxou-a pelos dois braços e, com um beijo fez o riso que subia já a traqueia dela engasgar-se-lhe nos brônquios.
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(imagem: Wikipedia)
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