“Vamos começar o passeio para o Passado como fizemos para o Futuro: com um saltito no Tempo, uma semivida.”
“Ahh, mas aí tens um problema meu caro Jorge! É que se podes presumir que o Futuro é a perder de vista, o mesmo não acontece em relação ao Passado: se te alongas muito no salto cais antes do Universo ter começado a existir!”. Mário termina a frase com um largo sorriso; mesmo na penumbra, percebo-lhe os olhos buscando a reacção da Luísa; que solta o riso e comenta:
“Jorge, toma lá cuidado com a tua condução da Cápsula do Tempo, não queremos cair fora do Universo, está-se tão bem aqui...”, a mão buscando a do Mário.
“Os audazes, a fortuna ajuda!” sorrio-me ao lembrar a frase do capitão Haddock num livro do Tintim que lera em miúdo “Mas não tenham receio porque estão nas mãos de um velho Lobo do Tempo.” Inscrevo o número «-14» na janela do tempo de referência na folha de cálculo:
Debruçam-se todos sobre o computador. “Dez? Então agora o Tempo Atómico anda mais devagarinho que o Tempo de Referência?”, a Luísa até parece zangada.
“Claro! No Passado era tudo maior, e as unidades de medida também. Há 14 mil milhões de anos, as partículas, os átomos, os corpos, tinham o dobro do tamanho que têm hoje e a Unidade de Tempo seria o dobro, ou seja, um relógio atómico levaria 2 segundos pelo nosso Tempo de hoje a avançar cada segundo.”
“Então, naquele cenário que usamos no passeio ao Futuro, as pessoas teriam à volta de 3,5 m de altura, o raio da Terra seria o dobro... o Sol pareceria estar a metade da distância, o que significa que as pessoas veriam um Sol 4 vezes mais luminoso...”
“Isso mesmo Ana”, assenti.
“E quando a Terra se formou, há 4,56 mil milhões de anos?” o Mário curioso.
“4,56 dizes tu? Como isso é calculado por decaimento radioactivo, trata-se de um tempo medido por um relógio atómico, portanto, a idade Atómica da Terra é 4,56 mil milhões de anos; ora deixa-me procurar o valor do Tempo de Referência a que corresponde esse Tempo Atómico.” Alguns «clicks» depois:
“Aqui está, a idade da Terra medida com a unidade de Tempo actual é de 5,23 mil milhões de anos. A diferença parece pequena mas nota que o Desvanecimento já era de 1,3.”
“Então o Sol pareceria estar mais perto... é como se fosse mais quente...”
“Isso mesmo Ana; na verdade, a energia radiada pelos astros não se altera com o Desvanecimento, mas a Terra seria maior e por isso receberia mais energia do Sol. Tudo se passaria como se o Sol fosse 69% mais quente do que efectivamente era.”
“Ahhh, daí a tua teoria sobre a origem da Vida baseada num passado terrestre muito quente...”
“Não só Mário, a Terra também estaria mais perto do Sol, como veremos; mas já tens aqui uma primeira razão para o facto de o passado da Terra não ser um passado de gelo, como a Física actual exige, pois o Sol radiaria menos energia quando era mais novo.”
“E se fossemos espreitar o nascimento das primeiras estrelas?”
“Ahá! Vamos ao encontro das primeiras coisas realmente interessantes!”
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