“Arranca lá com esta Cápsula do Tempo... sempre quero ver o que isto vai dar!”, a Luísa entre o divertido e o curioso.
Tenho de criar um ambiente que ajude a imaginação, pensei; “Apaguemos as luzes todas, a do computador é suficiente.” O silêncio e o escuro envolveram-nos. “Vamos dar as mãos...óptimo. Comecemos por um pequenino salto no Tempo, este que está nos cronómetros da Cápsula do Tempo, um saltito para 14 mil milhões de anos no Futuro, altura em que as dimensões lineares dos átomos são metade das actuais e os relógios dos humanos dizem que decorreram 20 mil milhões de anos desde hoje.”
“Isso é um saltito? Mais do que a antiguidade do Universo é um saltito?”
“Em relação ao Tempo que o Futuro encerra, Mário... nós quereremos ir até ao fim dos tempos e essa é uma jornada longa como verás. Semicerrem os olhos para melhor verem o que eu fôr descrevendo.” Faço uma pequena pausa, eu mesmo preciso de me concentrar.
“Estamos a supôr que a vida na Terra é a que existe hoje e que os astros estão onde estão hoje, como já disse; apenas estamos a imaginar, por agora, como seria este Universo de hoje se a idade dos átomos fosse de mais 14 mil milhões de anos”, comecei.
“Todos os corpos têm metade das dimensões lineares que têm hoje; a Terra tem metade do tamanho e os humanos também – menos de 1m de altura, pela nossa unidade de medida.”
“Ena, tão pequeninos... estou a ver, uma Terra de anõezinhos a viverem no Portugal dos Pequeninos... que giro!”
“Estás a gozar mas é mais ou menos isso, Luísa. Nós vemos tudo mais pequeno mas eles não; para eles, o tamanho da Terra não variou. As suas unidades de medida são agora metade das nossas. O seu dia, medido pelos seus relógios, dura 48 horas. O ano continua a ter 365 dias, pois estamos a supor que a velocidade de rotação da Terra é a mesma de hoje.”
“E quanto tempo leva então uma viagem entre Lisboa e o Porto?”
“Para eles leva o mesmo tempo que leva hoje; para nós, eles levam metade do tempo porque a distância, para nós, é metade e a velocidade deles é a mesma.”
“Portanto, eles movem-se à mesma velocidade mas levam metade do tempo porque as distâncias são metade...”
“Isso mesmo Ana, todas as dimensões são metade, incluindo as dos neurónios, o que significa que os processos mentais necessitam de metade do tempo, portanto pensam duas vezes mais depressa, as imagens dos filmes deles passam ao dobro do ritmo, a sua música está uma oitava acima, não perceberiamos nada do que dizem porque falam duas vezes mais rápido que nós.”
“Estou a lembrar-me dos discos de vinil de 33 rotações quando se põem a tocar a 45 rotações...”
“Boa comparação Mário, só que seria a 66 rotações.”
“E quando olhassem para fora da Terra, como veriam o Universo?”
“O Sol tem metade do tamanho pelas nossas unidades mas, para eles, o Sol está simplesmente ao dobro da distância, pois a sua unidade de comprimento, reduzida a metade, dará o mesmo tamanho para o Sol mas o dobro do valor para a distância a ele.”
“E a Lua?”
“Também lhes parecerá estar ao dobro da distância, sendo o seu tamanho aparente no céu metade do que é hoje.”
“Hummm... será muito menos romântico...”, Luísa sorri-se, um pensamento maroto brilha-lhe no olhar que lança ao Mário, mas a Ana interrompe:
“E a luz do Sol, da Lua, das estrelas, é a mesma?”
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