21 comentários:
De leprechaun a 20 de Julho de 2008 às 08:12
Maya?! Aquela astróloga muito na moda e elegante?! ;)

Bem, eu só sei que continuo tão deslumbrado com esse portentoso edifício mental, que é a "maya" universal, como quando pela 1ª vez li uma tal descrição, algures na adolescência.

This is not what it seems... we're just living in a dream!

Depois, os orientais eram introspectivos e buscavam o universo dentro de si próprios. Creio que eram peritos em identificar os bugs da mente e temos ainda muito que aprender com eles!

Seja como for, de um modo mais aldrabado e talvez confuso, eu também segui essa linha de raciocínio do Curioso, só não percebo como surge assim do nada essa perturbação do meio, mesmo considerando que ele é dinâmico e não estático, claro.

Isto já para não falar de onde vem o próprio meio e qual é a sua natureza.

De resto, e como andei a ler algo sobre as teorias holográficas do universo, que parece andam muito na moda, esta concepção do Desvanecimento também se afigura muito a 2 dimensões, ou seja, cada partícula pode ser localizada por duas coordenadas. Pelo menos, é mais fácil imaginar um universo plano e se os sábios até dizem que é o nosso cérebro que o processa a 3 dimensões... seja! :)

Humm... e todas as partículas têm necessariamente um campo? Gravítico e electromagnético?! E têm de desvanecer ou consumir-se para o manter? Se assim for, continuo a não perceber porque ninguém intuiu isso até agora, a ideia parece muito simples, de facto...

Por fim, claro que os modelos físicos apenas descrevem a realidade tal como a percebemos, isso não é novidade. O próprio Hawkings o afirma:

Uma teoria não é mais do que um modelo do Universo, ou de uma parte restrita deste e um conjunto de regras que relacionam quantidades do modelo com as observações que praticamos. Existe apenas na nossa mente e não tem qualquer outra realidade, seja o que for que signifique.

E mais ainda:

Uma teoria é boa quando satisfaz dois requisitos: deve descrever com precisão um grande número de observações que estão na base do modelo, que pode conter um pequeno número de elementos arbitrários, e deve elaborar predições definidas sobre os resultados de observações futuras.

Bem, fiquei com vontade de prosseguir essa leitura da "Breve história do tempo", que sei lá se ainda estarei por aqui quando surgir o livro do Desvanecimento!

O certo é que subrrepticiamente já ando a inculcar por tudo quanto é sítio que talvez isto não seja tanto assim como parece... Até me inscrevi ontem de propósito no Orkut para espreitar os sites de Física! Tschhh... faço de terrorista ou agente infiltrado, e está o pânico instalado! ;)

Ainda me desvanece é o miolo...

Rui leprechaun

(...lá nalgum tropical colo! :))
De alf a 20 de Julho de 2008 às 15:53
O Curioso acertou beneficiando das várias contribuições, é claro - foi um trabalho de equipa. ele deu o último passo. O mérito é repartido!

Tal como uma superfície esférica pode ser aproximada por uma plana numa vizinhança muito menor que o raio da esfera, também o nosso universo na nossa vizinhança pode ser aproximado por um espaço a 3 dimensões, mesmo que não seja esse o seu número de dimensões.

Na verdade, tão longo quanto podemos alcançar, não encontrei ainda a mínima indicação de que o Universo não se inscreva num espaço a 3 dimensões. Ou seja, não preciso de mais de 3 dimensões para explicar todas as observações.

Porque é que a Física não percebeu que a matéria tem de devanecer? Porque a Física só raciociona em função das evidências observacionais e não em função da lógica. Onde está a evidência de que a matéria se desvanece? A primeira está no desvio para o vermelho da luz distante, mas isso suporta outras explicações de acordo com o que já era conhecido.

Mas a verdadeira razão é muito simples: nunca ninguém se lembrou disso! Como nunca ninguém reparou que os campos de forças crescem indefinidamente. Como nunca ninguém reparou em mais uma enormidade de coisas fundamentais que nós iremos descobrindo.

Porquê?

Ora, porque Maya não deixa...

A definição de Hawkins aplica-se ao modelo de Ptolomeu, não é verdade? O que o Hawkins pensa, que é o que os Físicos «mainstream» pensam, conduz sempre a modelos como o de Ptolomeu - são modelos da «Maya», modelos da Aparência... mas Deus é subtil, e esses modelos não conduzem a Ele...

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