De
alf a 17 de Novembro de 2009 às 14:07
Isso mesmo; e ainda bem que o refere, porque é preciso a máxima atenção aos anti-corpos e o «Jorge» é um bocado desatento em relação a isso. Colocar bem o problema antes de falar da solução é indispensável.
A analogia com as pessoas que pedem dinheiro é fantástica!!! É perfeita!
É preciso chegarmos a uma situação em que Religião e Ciência ocupem domínios separados. Onde a Religião é estritamente pessoal, isto é, não pretende determinar o funcionamento da sociedade e dos não-crentes nela. Só então a Ciência poderá admitir as suas ignorâncias, única forma de «deixar de pedir dinheiro emprestado». Agora não pode porque se o fizer surge logo a Religião a afirmar que ela sabe o que a Ciência não sabe. E isto porque os próprios crentes na Ciência entrariam em pânico, incapazes que são de viver num mundo onde não existe um «algo» que tem todas as respostas, uma fonte infalível de orientação.
A infalibilidade da Ciência, como a do Papa, é uma exigência dos respectivos crentes.
Mas ainda estamos algo longe disso... duas ou três gerações, no mínimo.... admitindo que Ciência e Religião são capazes de promover activamente a separação dos respectivos campos e de promoverem a capacidade das pessoas de pensarem pela sua cabeça.