De curioso a 25 de Junho de 2009 às 02:13
Boas...
Está na hora de organizar os nossos conhecimentos sobre as galáxias e também de especular um pouco...
1º A matéria dos braços espiral move-se aproximadamente com a mesma velocidade, ou seja, a sua velocidade não depende da distância ao centro da galáxia.
Como justificar isto sem recurso a um campo gravítico externo?
Talvez a resposta a esta questão esteja no facto da matéria da galáxia não estar em equilíbrio, ou seja, a força gravítica não é suficiente para estabelecer esse equilíbrio e neste momento estejamos a afastar-nos do centro da galáxia numa trajectória espiralada. Isto podería-nos levar com o tempo a galáxias com espirais cada vez maiores...
Mas agora temos outro problema ... como se juntou aquela matéria toda sem haver equilíbrio gravítico e também a mover-se com a mesma velocidade e aparentemente (também) em sentidos opostos... parece mais ou menos claro que isto teve de ocorrer na zona de intersecção de duas bolhas... mas como?
Quando duas bolhas do mesmo tamanho se intersectam, na zona de intersecção vai haver grumos de matéria a deslocar-se em sentidos opostos.
Não sei qual o seu tamanho relativo mas ...
Podemos imaginar vários cenários... podemos vê-los a passar uns pelos outros sem interagirem; podemos imaginá-los a colidir em cheio; podemos imaginá-los a colidir parcialmente; até podemos imaginar três ou mais a colidirem simultaneamente...
Analisemos cada cenário isoladamente:
Continua...
Abraço .
Curioso.
De
alf a 25 de Junho de 2009 às 12:38
Curioso
Bem, quem disse que não havia um campo gravítico exterior?
É que é mesmo no «exterior» que existe o campo gravítico; porque o exterior das galáxias é o interior das bolhas onde, como já vimos, o campo não é nulo.
Quando analisamos a evolução da matéria a partir do estado inicial, com a formação e crescimento de bolhas, percebemos que a habitual ideia acerca do campo, ou seja, de que este se origina a partir das distribuição actual da matéria -as galáxias - desvanecendo-se com a distância, é um disparate.
Ficamos mais próximos da verdade se olharmos para o campo gravitico como uma repulsão espaço-matéria. Os enormes vazios intergalácticos geram um campo repulsivo da matéria, que a concentra em galáxias; e como a fonte do campo é agora o vazio, percebemos que o campo ao longo da galáxia é a resultante do campo dos vazios que a originaram - um campo que será maior na periferia da galáxia do que no meio.
A situação real fica entre as duas coisas, por isso é que o campo da galáxia e quase uniforme nela.
Quanto à formação das galáxias, penso o mesmo, ou seja, uma intersecçao de massas na linha de intersecção das bolhas. E estas intersecções podem ser tudo o que refere, por isso é que ha´diferentes tipos de galáxias e por isso formam estruturas complexas - a nossa por exemplo é orbitada por mais uma data de outras pequenas galáxias.
Faltam ainda muitos elementos sobre as caracteristicas das galáxias para que possamos fazer uma análise mais segura. Por agora, não me atrevo a ir mais fundo do que isto.
De curioso a 25 de Junho de 2009 às 13:21
Ok... Já tinha entendido que o campo gravítico podia ser também entendido como repulsão do espaço... mas nesta situação não consigo entender porque será mais forte na periferia que no centro da galáxia.
Os grumos estão numa zona onde os campos das bolhas se anulam, só ficando uma pequena resultante que aponta para o exterior da bolha e que vai crescendo à medida que nos aproximamos do anel ( Se é que percebi bem). Seria este campo que puxaria as galáxias para o anel ( se é que são puxadas para o anel). Confesso a minha confusão.
A minha análise era outra... mas admito que a falta de informação e conhecimento me possa ter induzido em erro... De qualquer modo vou explicar as minhas idéias...
Cenário 1: Os grumos passam sem interagirem fisicamente... daqui só poderão resultar galáxias elíplitas ou irregulares, dependendo da forma do grumo... já reparei que a análise do Alf é diferente... mas não a entendi muito bem...
Cenário 2: Os grumos colidem em cheio ... nesta situação (penso) a desaceleração dá-se mais rapidamente e podem formar-se galáxias elípticas mas com um halo muito maior à sua volta...
Cenário 3: Quando dois grumos colidem parcialmente... Era nesta situação que se formaria todo o tipo de galáxias em espiral, dependendo do grau de interação. Se a colisão ocorresse apenas numa pequena zona da perifiria essa zona seria mais desacelerada que a restante (pelo que percebi a velocidade no núcleo das galáxias é muito pequena) e as duas restantes partes manteriam o seu movimento (uma para cada lado). Devido à acção gravítica do centro essa matéria iria adquirir uma aceleração centrípeta e começaria a mover-se em torno do núcleo originando as espirais, que inicialmente seriam basicamente duas (também poderá ter a ver com a forma dos grumos ). Por exemplo as espirais barradas seriam formadas quando a zona de intersecção fosse muito maior...
Já sei que esta não é a análise do alf... mas de qualquer forma ficam aqui estas idéias... que para mim têm algum sentido por muito loucas que sejam..
Obrigado.
Curioso.
De
alf a 26 de Junho de 2009 às 22:05
Curioso
As galáxias formam-se na zona de intersecção de duas bolhas; não é verdade que aí o campo seja quase nulo, isso é só no centro da superfície de divisão das bolhas, ou seja, no centro do anel de intersecção.
O campo ao longo da galáxia é o campo de duas cascas, na sua zona de intersecção.
O caminho da descoberta faz-se por pequenos passinhos, analisando cenários e fenómenos simples. Cada passinho é um peça do puzzle. Há assuntos sobre os quais ando a coleccionar pecinhas há décadas.
O que temos a fazer é procurar identificar situações simples, formular perguntas simples às quais possamos responder, mesmo que apenas vagamente relacionadas com o problema em causa.
Pelo menos, é assim que eu tenho feito; e sempre lhe digo que às vezes é preciso ter muuuuita paciência.
Mas lembre-se sempre: se fosse algo que se solucionasse com pouca paciência, já teria sido resolvido.
Um abraço, vou apresentar as minhas pecinhas de puzzle sobre este assunto, que podem estar certas ou não, só quando o puzzle todo encaixa é que temos a certeza e esta parte do puzzle ainda não tem as peças todas.
De curioso a 26 de Junho de 2009 às 23:16
Obrigado por me pôr no meu devido lugar...
Se não fosse tão precipitado...
Abraço
Curioso.
De
alf a 27 de Junho de 2009 às 01:59
Precipitado?? nada disso! Você está a fazer os mesmos passos que eu e estou apenas a incentivá-lo a prosseguir! porque você está no momento em que apetece desistir. Isto é como nos filmes - o herói, antes de vencer, tem de passar por uma situação em que parece estar completamente derrotado.
O que eu lhe disse é o que digo a mim mesmo quando estou nesse ponto. Isso é mais importante do que tudo o resto porque é o «método», é o que permite resolver este e todos os outros problemas.
E deixei-lhe uma pista: veja como é o campo na zona das cascas que se intersectam - duas cascas com uma certa espessura e a composição dos campos ali onde se intersectam, na zona comum às duas cascas.
De curioso a 29 de Junho de 2009 às 00:07
Obrigado pelo estímulo.
Ok... Passinho a passinho...
Vamos ao campo na zona de intersecção de duas bolhas com o mesmo tamanho.
Nesta zona vão intersectar-se dois campos com a mesma intensidade mas com sentidos opostos...
No meio da zona de intersecção campo vai ser nulo (como o alf dizia atrás, no meio da galáxia o campo vai ser mais fraco)...
Na periferia da zona de intersecção vai tomar um valor igual ao valor no interior da casca (antes da intersecção), só que dum lado da zona de intersecção vai ser num sentido e do outro vai ser no sentido oposto... sempre a apontar para dentro...
Se a matéria estivesse em repouso seria apertada entre os dois campos. Como está em movimento, dependendo o sentido do movimento da casca de onde veio, dum lado vai ser acelerada e do outro vai ser retardada...
Fico por aqui... (um pensamento)
Curioso
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