13 comentários:
De Peter15 a 21 de Abril de 2009 às 10:53
Desde que leio o blogue, talvez seja o artigo mais interessante, a ponto de ter feito c&p e de o guardar no meu arquivo, para o ler e reler, pois tenho ali muito para aprender.

"a densidade média da matéria no Universo é muito baixa...”

“Sim, já referiste Jorge, uma molécula de hidrogénio por cada 10 m3... ou seja, um protão por 5 m3"

O "vazio" dos átomos, tal como o "vazio" do Universo...

De alf a 23 de Abril de 2009 às 11:50
Peter15, obrigado pelo seu comentário que esclarece uma angústia que o «Jorge» sentiu várias vezes enquanto escrevia este post.

Perguntava-se o «Jorge»: "mas porque estou eu a escrever isto??? Não deveria estar a descrever o choque de duas bolhas? Ou a formação dos quasares?"

O «Jorge» obedece aos impulsos que lhe chegam do inconsciente e neles vinha a mensagem de que deveria escrever este post. Mas o «Jorge» começou a duvidar, não fazia sentido, seria que os impulsos estavam a ficar baralhados, estaria a ceder a alguma forma de preguiça? Sim, porque descrever o choque de duas bolhas daria muito mais trabalho, obrigava a fazer bonecos...

Mas o seu comentário esclarece. O «Jorge» tem de falar de tudo e não apenas do que é novo no conhecimento do Universo; a nova descrição tem de ser completa e não apenas diferencial em relação à antiga.

E assim o «Jorge» ficou a saber que pode continuar a confiar e a seguir as indicações do seu inconsciente.

"O "vazio" dos átomos, tal como o "vazio" do Universo..." Sabe, isso dá «pano para mangas». Como podemos definir uma «partícula»? Eu defino como o centro geométrico de um campo, o ponto de máxima amplitude. Assim, uma partícula não tem tamanho, ou terá um tamanho que tem a ver com a própria estrutura do espaço.

Um átomo é vazio? Bem, está cheio de campo! Vazio em relação ao tamanho das partículas? Mas estas não têm tamanho pela definição acima! Então podemos dizer que está vazio em relação ao tamanho do núcleo.

Isso já faz sentido: o tamanho do núcleo é dado pelas distancias entre as partículas que o formam. Mas não é algo «maciço», é uma estrutura de campo, um «vazio» se chamar vazio ao campo.

é por isso que os buracos negros são teoricamente possíveis: as distâncias entre as partículas atómicas podem diminuir porque elas não são «maciças».


Portanto, o «enchimento» do Universo tem a ver com o número de partículas e com a intensidade do campo de que são sede; mas não tem a ver com o «tamanho» das partículas porque elas não têm tamanho, apenas tem tamanho as estruturas que elas formam.

Assim, o conceito de «vazio» apenas pode ser rigorosamente definido em relação às estruturas das partículas e não a elas próprias. Ou seja, quando a matéria surgiu e as partículas ainda se não tinham associado em átomos, poderiamos dizer que era «vazio» porque ainda não tinha estruturas, apesar da matéria já existir na forma de partículas; a seguir formaram-se os átomos de H e o Universo ficou «cheio» porque essa é a estrutura que ocupa mais espaço; desde então os átomos têm vindo a criar estruturas atómicas cada vez mais compactas e o Universo tem vindo a «esvaziar-se». Ficará vazio novamente quando todas as partículas se fundirem.

Isto independentemente da Evanescência da Matéria.

Já disse algures que o nosso conceito de gravidade «matéria atrai matéria» é equivalente ao conceito de «espaço repele matéria» ou «vazio repele matéria»; mas este tem a vantagem de nos dar uma perspectiva melhor da evolução do Universo entre o irromper da matéria e o seu desaparecimento.

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