The cosmic microwave background spectrum measured by the FIRAS instrument on the COBE satellite is the most precisely measured black body spectrum in nature. The data points and error bars on this graph are obscured by the theoretical curve.
“Repara na Radiação Cósmica de Fundo: não é fascinante a sua pureza? Exactamente a Lei de Planck da radiação! Conheces mais algum fenómeno real que produza uma radiação assim?”
“Assim exactamente não... surgem sempre riscas espectrais e outras perturbações da curva de radiação... não sei se já foi realizada alguma experiência para produzir uma radiação assim tão pura.”
espectro da radiação solar (NASA)
“Pois, eu também não sei. Mas o que sei é que ela nos dá a possibilidade única de caracterizar um estado do Universo com a precisão necessária à completa modelação do Universo a partir desse estado.”
“Como assim?”
“É que podemos presumir um estado em que a distribuição de matéria no universo que observamos era absolutamente uniforme e isotrópica.”
“Estás enganado. Por um lado, a Teoria do Big Bang explica essa homogeneidade, fruto dos choques entre as partículas e os fotões no denso e quente estado que antecedeu a libertação da Radiação Cósmica de Fundo, ou CMB. Depois, ao contrário do que dizes, são as inhomogeneidades que são importantes, pois os pontos de maior concentração foram as sementes das galáxias.”
“Duplamente errado! Por um lado, a extrema homogeneidade do CMB é uma dôr de cabeça para a teoria do Big Bang, que teve de inventar coisas como a Inflação, não é verdade? Tu continuas preso à ideia de um «Big Bang» mas repara que ele é apenas uma presunção simplória, pois a Radiação Cósmica de Fundo é a informação mais antiga que temos, ou que pensamos ter, sobre o Universo. Nem temos nada que suporte qualquer especulação sobre o «antes», nem temos necessidade dela para fazer um modelo cosmológico.”
Impaciente, o Mário interrompe-me:
“Sim, mas concerteza que o Universo não começou por uma distribuição homogénea de matéria!”
“E começou com uma «Inflação»? Há alguma diferença entre presumir uma Inflação ou a uma distribuição uniforme inicial para matéria?
“ Então e não interessa saber como a matéria foi criada?”
“Mas a matéria foi criada, Luísa? É que nem isso sabemos, podemos pensar que o espaço, o «medium», é que foi criado e que a matéria é uma perturbação desse momento... não é que eu pense que foi assim, estou só a mostrar que tudo o que possamos dizer sobre o assunto é um castelo no ar. E, sobretudo, não precisamos disso agora. Depois de compreendermos melhor o Universo e de termos um modelo melhor de uma partícula, então poderemos começar a pensar no «antes» de forma minimamente científica.”
“Não deixas de ter razão, do ponto de vista estritamente científico, mas desde já te digo que se a Ciência falasse assim... as pessoas não aceitam um «não sei nem faço ideia» como resposta.”
“Não sei, não faço ideia, mas quero saber. Não sei ainda... eu penso que isto é exactamente o que caracteriza a Ciência!”
“Só é pena que a posição de alguns cientistas pareça ser a de: «Sei tudo, logo, o que não sei não existe»...” Murmurou a Ana. Mário evita responder-lhe:
“Bom, mas já estou a ver que não terás mais novidades... as flutuações de densidade originam zonas onde a concentração de matéria é maior, e estas, por sua vez, por atracção gravítica, originam as galáxias... a história do Universo é bem conhecida do CMB para cá!” O Mário a recuperar a sua segurança de professor.
“Eu não te disse que estavas duplamente errado?” Não pude evitar um sorriso. “Toda a teoria aceite sobre a formação das galáxias é um disparate. Por isso é que não consegue explicar a distribuição espacial das galáxias, os imensos «vazios» e os «muros» que elas formam, o seu movimento, a sua rotação, ou formações estelares como os quasares.”
“Não consegue??”, indigna-se o Mário, “Quasares são núcleos galáticos activados por buracos negros super-massivos; a distribuição de galáxias e sua rotação explica-se pela matéria negra; quanto ao movimento da nossa galáxia, sabe-se que se dirige para um ponto do espaço onde existirá um Grande Atractor, como o prova o movimento convergente de outras galáxias.”
“Pois, é o que eu digo, não se faz ideia nenhuma: buracos negros, matéria negra, energia negra, grandes atractores que são invisíveis apesar de imensos... os cientistas batem aos pontos a autora do Harry Potter...”, o meu sorriso a crescer para gargalhada.
“Eu nem te respondo a essa insolência; é tudo fácil de perceber para os ignorantes, meu caro Jorge, que vêem sempre explicações óbvias e simples. Mas essas explicações simples são apenas fruto da ignorância, como vais perceber assim que tentares apresentar as tuas ideias.”
“Então vou FINALMENTE começar a explicar o Universo. Preparem-se para a Magia da Simplicidade!”
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